quinta-feira, 24 de março de 2011

A Queda


Em Portugal, a novidade, é um governo manter-se por toda a legislatura. Esta coisa de quedas de governo, tem grandes tradições cá no burgo. Deve ser por isso, que ontem na AR, se assistiu (com difusão à escala mundial), a um desfile de irresponsáveis sorridentes.

Não serei só eu, com certeza, a sentir revolta e raiva, por esta gente toda.

A esquerda, sai à rua com greves, sem perceber o dano que estas causam, o quanto agravam a situação. Mas alguém, hoje, tem lata para pedir, o aumento de salários? Ontem os comboios na linha de Cascais, só circularam a partir das 15h... isto está tudo muito fixe, muita cool, tasss bem.

A direita, quer-nos fazer acreditar, que uma vez no poder, as coisas seriam diferentes. A lata da Manuela Ferreira Leite não tem limites... enquanto ministra o que fez, foi vender património do Estado (quintas, palácios, empresas) e maquiagem financeira... mas hoje é vista como Cassandra! LoL

O Alexandre Relvas, hoje em declarações, meteu nojo! Já se vê no poder com certeza, e essa visão, tranquilizou-lhe o discurso... ah as taxas, elas vão baixar, as agências de rating são organizações responsáveis e tal... verborreia.

Cavaco Silva é um insecto, uma barata tonta que ali anda, alguém que conseguiu uma aura de respeitabilidade perante um povo crédulo (porra, o gajo está no governo durante 10 anos e o que conseguiu? e no primeiro mandato como PR?), um calimero que inventa desculpas como escutas, como não tenho tempo para agir, como o país está uma desgraça mas agora vamos todos (apenas 1000) para o banquete comemorativo da minha tomada de posse...

Cá dentro, um país que desde a exploração brasileira e das colónias, se habituou a viver acima das suas possibilidades, continuamos provincianos, pequenos, ensimesmados, a olhar para o vizinho e o resto do mundo que se dane. E se olhassem para a extinta Grécia, para a Irlanda, para a Espanha, Bélgica, etc etc etc... basta para o espaço da UE, o que veriam?

O edén com certeza...

Nós vivemos acima das nossas possibilidades. Agora, temos de passar para um nivel de vida, real. Isto não desculpa ninguém, pelo contrário, apenas culpbiliza.

E há pouco, quando conversava com uma amiga (por acaso trabalhamos no mesmo sitio), tudo isto, dizia-lhe, "qualquer dia vou para a rua...", ela respondeu "pois vamos", quando a conversa acabou, disse-lhe "eu há pouco referia-me a protestar" ao que ela se riu... o Estado é este!

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