Uma das imagens mais perturbadoras que já pude ver

Still Life on Oil por Daniel Beltrá

Olho por olho, dente por dente

Não entendo a cena do regozijo, felicitações e comemorações quando se assassina alguém, questiona-se é claro a necessidade do mesmo, seja um Kadhafi o Bin Laden ou o Itchy and Scratchy. Então a exposição de fotos, enfim, ainda mais questionável, é bárbaro e imoral.

Há momentos em que o retrocesso não é apenas os dos 33 anos do poder de compra, há momentos em que precisamos mesmo de mais 33 anos da vida de alguém.

Mestre Mayer Hawthorne

Sobre Steve Jobs

Caríssimo,
Sou grande admirador da tua visão, da tua postura, do teu engenho, mas mais do que tudo o que tenhas criado, o que admiro mesmo é como tudo soa sempre tão bonito:

não me interessa o que o i-pod faz (por isso não tenho um) mas o toque é estupendo.
não me interessa os gadgets que apresentas mas a forma como fazes a Apresentação: um palco, fundo negro e um ecran. Simples, sóbrio e focado no essencial, para quê mais...
e a tua publicidade, não sei se veio também da tua cabeça, mas é do Best não há melhor do que hello I´m a mac and I´m a pc...

(continua)

Diziam-me ontem "Tu não tens grandes despesas..." chutei-lhes logo com a casa os seguros os pprs, a água, a luz, o gás, a gasolina e o seguro do carro, as quotas do Sporting e o desporto... a cena é que tudo isto vem quase com a condição de respirar!

A outra metade da verdade é que é preciso bué jogo de cintura para escapar incólume ao bombardeamento antes dos cartões de crédito, do crédito aprovado, da compra a prestações, dos último gadegts e hoje, desta nova forma encapuçada de ataque ao consumo, estas porras que diariamente chegam à caixa de correio com ofertas incriveis a baixo preço, massagens, depilação masculina a chocolate, às caixas de vinho, o underwear, as férias, todos os dias sou alvo de assédio... quero dizer-lhes, vão-se catar!

Ontem uma reportagem sobre a Madeira (já chateia) gerou uma pequena discussão lá em casa, o jornalista acabou com um "e as coisas ainda vão piorar" que me deixou em fúria...

não há forma de as televisões passarem (tentarem pelo menos) uma mensagem positiva, somos bombardeados pela desgraça, pela crise, pelo futuro negro, pensei que estávamos a entrar na Era de Aquário mas afinal o Armagedão, o Nostradamus e até os Cavaleiros do Calendário Maia, à falta de melhor, vieram para ficar.

Vá lá que a discussão não avançou muito, foi salva por uma reportagem sobre "Consolidação de créditos"... a barbárie agora é apenas semântica: as pessoas que não sabem o que fazer com as suas dividas podem chegar a um banco e em vez de pagar 30 coisas diferentes, juntam tudo no mesmo saco, oferecem uma garantia (bruxo!) e passam a pagar como que uma amortização comum mais porreira... nice!

Bom seria as televisões assumirem de vez um papel educativo na Mudança de comportamentos:
Reciclar, reutilizar, reduzir e evitar desperdicios... comecemos por aqui!

Ainda não senti o meu emprego em risco, mas todos os dias, sou alvo de pressão, directa pelas chefias, indirecta pelos que vêm dizer adeus... PORRA de mundo.