sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

É preocupante a falta de universos paralelos, de mundo, em algumas pessoas que começam a ocupar cargos importantes (ainda perguntam porque raio um Presidente da República deve saber quantos cantos tem os Lusiadas?).

Li o artigo do Público sobre as enxurradas em Teresópolis e Petrópolis e não há uma referência à herança portuguesa nestas cidades, afinal é só um palácio onde habitou a família real portuguesa após a fuga para o Brasil aquando das invasões francesas... coisa pouca.

Trabalho com designers e para evocar uma ideia citei Bosch. Devem ter pensado que espirrei... . perguntei se não tiveram história de arte, tiveram sim senhor mas em vão.

Grandes artistas e locais cheios de história e histórias vão acabar por ser esquecidos... há pouca coisa a fazer.

2 comentários:

  1. Está-se a transformar tudo em produto, cada vez mais e se os produtos não agarram segue-se em frente. Eu acho que é por não haver tempo para as histórias que o tempo passa mais rápido e sem memória. As pessoas vivem cada vez mais a sua própria história, têm essa capacidade de concretização mas sem histórias. E a maioria das histórias das pessoas são os produtos que lhes cativaram e o tempo de vida para as adquirir: os telemóveis, carros, casas e férias (em pacote).
    Por isso é que há uma descrença enorme, porque os produtos que as pessoas adquiriram,
    por representarem imagens e conceitos de vida, são só funcionais, servem uma economia, não têm graça. As vidas são melhor contadas e são as histórias que estimulam a imaginação e ter tempo para se saber estar com as histórias, é essencial.

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  2. Diogo, não sei se já reparaste mas há bué crianças que não sabem brincar... isto vem no seguimento do que dizes e dos interesses que vamos adquirindo. A solução mais fácil é a tv e com a tv esquecemo-nos de tudo o resto e somos estimulados para o consumo.

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