quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Banca



A crise em Portugal, na sua essência, começou com a dificuldade na obtenção de financiamento pela banca, e não pelo Estado. É bom lembrar que o mundo tremeu com o sub prime nos EUA, e o efeito choque alastrou à Europa e Japão, ie a todos os países ditos desenvolvidos e cujo desenvolvimento tem base na especulação financeira.

A todos foi cortado o financiamento, das empresas ao zé, os spreads subiram ao ponto de desencorajar ou anular, a possibilidade de investirem.

A banca tremeu. Os bancos um pouco por todo o lado, antes icones da sustentabilidade e firmeza, afinal eram castelos de cartas, e ruiram. Nos EUA, em Inglaterra e Portugal etc etc.

Foi então que o Estado, nos EUA, Inglaterra e Portugal etc etc, a uns deixou cair e bem a outros deu a mão e mal, contrariando as leis da sobrevivência e do mercado.

E centrando agora em Portugal, desta "crise" já todos se esqueceram.

E o Estado?

O Estado, a semana passada recebeu um ultimatum dos bancos, os mesmos que geraram este trabalho todo, e que aparecem agora como arautos da moral e da decência. Disseram ao Estado Acabou. E o Estado cedeu. E o FMI chegou.

E ontem o sr. ministro das finanças Teixeira dos Santos comunicou ao país que, apesar da recusa dos bancos a semana passada e da sua intransigência, forçado pelo FMI, o Estado vai participar no aumento de capital dos bancos em Portugal.

E no topo disto tudo vem o PPCoelho apregoar que a CGD deve ser privatizada.

São estes os momentos em que recordo a furia de Jesus Cristo no Grande Templo em Jerusalém.

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