quinta-feira, 5 de março de 2009



Falamos em referências.
Se ao longo da vida, elas poderão mudar, não vejo porque não camaradas, há outras, em virtude de uma sorte imensa, em que conhecemo-las e nunca mais nos largam. E há Johnny Guitar. O Johnny Guitar de Nicholas Ray. Porque o nome é lindo e foi sendo apropriado ao longo do tempo. Conheci um jogador de poker só porque usava este nick, afinal, quando lhe mencionei o filme, nem sabia que existia um (?!), era habitué do bar do Zé Pedro e da Xana em Santos... talvez desconhecesse mesmo Joan Crawford e o Sterling Hayden ou a Mercedes McCambridge ou mesmo o Ray.



E se a comunidade intelectual fica chocada com um Courbet, pergunte-se-lhes por Ray e esqueçam o Man, falemos de Nicholas Ray, ou deste western que trata de mulheres, que disputam mais do que um homem, pejado de uma tensão sexual constante, o velho oeste, cheio das questões que ainda hoje perseguem a sociedade, o poder e a sexualidade. Falar em Johnny Guitar é ter vontade de o rever. Beba-se com vinho tinto e um cigarro daqueles.

Sem comentários:

Enviar um comentário