quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Faz-me alguma confusão os intelectuais de direita. Sofrem de um estigma grande, o de ao longo do tempo, a intelectualidade (e não à toa) estar identificada com a esquerda, quer isto dizer, com os valores humanistas professados pela esquerda.

Vasco Graça Moura então, à imagem de Billy Wilder ou de um Vargas Llosa, o ser que em Portugal me cria maior aversão, se a sua obra considero intocável, já o homem, dispensava claramente. O arauto do regime de Cavaco Silva, tornado por ele mesmo, ridiculamente insuportável ao defender o então primeiro ministro perante tudo e todos, tem um enorme calcanhar de Aquiles que é este, rancor de ser quem é, i.e. um tipo de direita com uma formação cultural acima da média.

No dn num artigo muito bem escrito sobre a Casa das Histórias em Cascais - o Museu da Paula Rego - derrapa, escorrega e cai, quando reparamos que o artigo não é mais do que um elogio a António Capucho e a essa figura tornada Padeira de Aljubarrota Dalila Rodrigues pelos direitistas sedentos de ter gente ligada às artes.

Tão entretidos que estão com as suas cores, não percebem que as Artes não têm cor.

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