quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Marty




Finalmente vi este filme, inserido numa caixa com outros 59 vencedores da Palma de Ouro em Cannes. A primeira referência veio com o Quiz Show de Redford, lá o honesto concorrente mandava um tralho ao simular não saber responder à pergunta "Qual o vencedor do oscar para melhor filme em 1955?". A resposta é Marty. Gosto destes filmes, aparecem do nada e papam tudo, da Velha América à Nova Europa. Há uma série deles, lembro-me de outros 3 - Klute, Local Hero e Summer 42. Filmes de baixo orçamento rodeados de competência, técnica e artistica, o resultado por vezes é perfeito. Talvez este Marty seja isso, quem é que no advento da cor e do cinemascope, iria dar importância a um filme a preto e branco e com actores feios (é a roda disso que o filme vive, os dois herois são "dogs" ... Who wants to hang out with a dog?". Toda a gente. Um dos fenomenos do cinema, o segredo do sucesso pode ser mesmo a vulgaridade, toda a gente se identificou ou queria ser como o Marty.

Já agora, em 1955, Marilyn brilhava não muito longe dali, num dos verões mais quentes em NY, com a roupa interior no frigorifico, seduzida ao som de Rachmaninov e numa das imagens miticas do cinema, a saia a voar na saída do metro. E vem este Marty, um filme que acaba connosco a reclamar. Então!?!?!? Quero mais!

p.s. Esta caixa de 60 Palmas de Ouro em Cannes vai ser o delirio, o filme seguinte a Marty é um de Costeau (+ Louis Malle) - "Le Monde du Silence" - sem legendas e narrado em vietnamita... dvds made in china!

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